De repente me perguntei: “Por quê não me dedicar mais as
palavras?” Nunca soube usá-las da melhor maneira, mas, as vezes elas
simplesmente fluem.
Na realidade, percebi que gostaria de falar sobre tanta
coisa que carrego que não saberia dizer bem por onde começar. Diria que aceitar
que nem sempre tudo será tão simples de se entender seria um bom começo de
reflexão. Quando a vida muda, é porque de fato estávamos precisando disso. Eu
estava presa na velha inercia, naquela que me prendia e não me deixava tentar
nada de novo. Eu simplesmente existia, mas eu não vivia, eu não conhecia. O
Mundo estava aí, mas eu discretamente estava nele, tão discretamente que talvez
nem fosse percebida. Eu chorava, mas, aceitava que aquilo era o que tinha a me ser oferecido e que se o recusasse não viria nada melhor. Acreditava, talvez em
meio a uma cegueira voluntaria, que qualquer coisa que dali fugisse seria algo muito
pior e mais vazio do que o que já vivia em mim.
Não nego a dificuldade que tenho enfrentado ao conduzir
minha vida para um novo caminho, não nego que tenho tentado escapar de uma nova
inercia, de uma nova tormenta de medos, simplesmente assumo que tenho estado
melhor. Que parei e percebi que nestes últimos meses fiz tanta coisa que pensei
que ficaria só no lindo mundo da
imaginação. Obviamente que nem tudo são flores, obviamente que nem sempre
acertei, que nem sempre sorri frente a estas novas experiências. Mas, eu
vivi... E com estas vivências pude aprender algo, pude construir memórias......
E mais virão...
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